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Os passageiros e tripulantes compõem um mosaico de 32 nacionalidades, incluindo 72 franceses, 26 alemães, 9 italianos, 6 suíços, 5 britânicos e 5 libaneses. As dificuldades de identificação, aliás, já eram grandes desde a manhã, porque dezenas de passageiros têm dupla cidadania. Em Paris, à tarde, os painéis do Aeroporto Charles de Gaulle ainda apontavam o voo AF 447 como "em atraso".
De acordo com informações oficiais, divulgadas pelo diretor-presidente da Air France, Pierre-Henri Gourgeon, até as 3h33 (22h33 no Brasil) não havia anomalias no voo. Naquele momento, o avião estava a 565 km de Natal, no Brasil, e voava a 840km/h e a uma altitude de 11 mil metros. "A última mensagem foi habitual. O controle aéreo foi informado de que o avião deixava o espaço aéreo brasileiro. Nesse momento, estava em velocidade de cruzeiro", explicou o executivo. Na sequência, o Airbus viajaria cerca de duas horas e meia em uma região sem controle de radares, sobre o Atlântico, até ingressar no espaço aéreo do Senegal.
Às 4h13 (23h13 de Brasília), contudo, o sistema automático do avião passou a enviar, por ondas de rádio, uma dezena de mensagens nas quais acusava a pane de vários objetos elétricos da aeronave. O envio dos sinais se estendeu por 4 minutos, até que o sinal foi perdido. "Essas mensagens técnicas assinalaram uma série de situações imprevistas a bordo da aeronave. Depois delas, não houve mais trocas. É provável que pouco após essas mensagens tenha se produzido o impacto no Atlântico", informou Gourgeon.
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